sábado, 12 de fevereiro de 2011

Amigas pelo mundo

Amigo, amigo, amigo. Procurei a etimologia, mas sem paciência com a lentidão da internet, fico com a primeira que achei. Do latim, amicus, radical ama- verbo amar. Pronto Amigo é amor!
Eu tirei a sorte grande com os amigos que fiz ao longo dos anos, porém sorte maior foi poder encontrar, em tão pouco tempo, amigos que não via há muito. Primeiro todos que revi na viagem ao Rio em janeiro e agora a melhor surpresa de fevereiro: encontrar a Fe e a Helena na Holanda.
Essa vida de voadora tem realmente seus prós. A gente aprende a tirar proveito das poucas horas que tem pra conhecer uma cidade, do pouco tempo que tem pra quase tudo. E assim eu fiz na minha passagem super rápida pela Holanda.
Mal cheguei no hotel e já saí correndo pra pegar o primeiro trem pra Delft... Encontrar a Fê me esperando na estação mais uma vez fez meu coração pular de alegria! Depois de uma hora foi a vez da Helena chegar e pronto: a festa estava completa. Pizza, cervejinha no pub, muito, muito papo e pra fechar a noite a gente dormiu na casa da Fezica.
Encontrar os amigos pelo mundo renova as energias, trás uma sensação de "casa" e uma alegria inexplicável.
Agora a Helena já voltou para o Brasil após 6 meses de intercâmbio em Portugal, a Fê continua em Delft trabalhando em sua tese de mestrado e eu continuo dando voltas e mais voltas no mundo. Mas naquela sexta-feira, estas 3 vidas completamente diferentes acertaram seus ponteiro para passar algumas horinhas juntas. É incrível as fronteiras que a amizade é capaz de atravessar.
Mas depois vem a saudade... essa já não larga mais do meu pé!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Crise Vocacional


O que você quer ser quando crescer?

Atriz, médico, bailarina, astronauta, bombeiro, músico, engenheiro, desenhista, repórter,juíz, jogador de futebol, igual à mamãe, igual ao papai. São tantas as respostas, tantos os sonhos que vamos crescendo e as idéias vão mudando. Descobrimos profissões antes desconhecidas do nosso universo infantil. Desconstruímos modelos, construímos ideais e a pergunta continua pairando no ar: o que você quer ser quando crescer?
Dinheiro, realização, sucesso, qualidade de vida, tudo isso pesa na decisão que vem cedo, demasiadamente cedo.
Aos 5 tudo é brincadeira. Aos 10 sonhamos alto. Aos 15 começamos a nos preocupar. Aos 20 já devemos ter decidido. Opa! Peraí! Aos 20?? E eu aqui aos 25, como fico?
Então vou parar de escrever na primeira pessoa do plural e passar para o singular. Sim, eu Juliana Lessa.
Aos 5 eu nem me lembro que resposta eu dava à esta pergunta. Aos 10 fui fazer ballet, mas nunca tive a pretenção de ser profissional. Aos 12 fui fazer curso de teatro e tv, queria ser atriz. Aos 15 voltei para a dança, pensei em dar aula ou seguir na linha do conteporâneo. Aos 17 eu olhava as listas de cursos da universidades e não conseguia ver minha cara em nenhum deles. Desde os 13 escrevia poesia, o que não me qualificava para jornalista ou escritora. Aos 18 fui fazer cursinho, decidida a entrar para Produção Cultural, mas eram só 25 vagas. Aos 19 comecei Comunicação e fugi com medo do mercado. Aos 20 fui para o Turismo (esse sim deveria me dar medo do mercado!) e aos 21, enquanto cursava Turismo fui fazer curso de Comissária, aeromoça ou seja lá que nome queira dar.
Aqui estou eu, aos 25: Turismóloga por formação, Comissária de Vôo por profissão e perdida por vocação. Vir voar do outro lado do mundo foi bom, serviu de muito aprendizado cultural, emocional e pessoal. Profissional, deixou a desejar. Agora é hora de dar um novo começo a essa história de profissão, um começo definitivo (se é que existe tal coisa) ou pelo menos aquele que será o acerto por muitos anos.
Cá estou aos 25 anos de idade, ouvindo incensantemente aquela velha idagação:
O que você quer ser quando crescer?
Eu cresci! E agora?

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Férias

Depois de um semi-abandono do blog, volto meio sem inspiração, meio sem saber o que escrever, mas com a determinação de não deixar isso aqui às moscas (mais ainda!).
2011 começou num ritmo frenético estudando pra renovação da licença de vôo, logo depois férias (o que não significa descanso). Ok, falaremos sobre as férias então.
15 horas de vôo, 2 hroas de espera, 1:30 de ônibus e mais meia de carro, chegamos! Santo Antônio de Posse. Onde? Interior de SP, perto de Campinas, cidade natal do namorado.
Cidade pequena é assim: você tem conta na padaria, dá oi pra todo mundo na rua, conhece o dono da farmácia, sabe quem mora em cada casa, não tem tanta fumaça, tanto barulho. Sossego. Essa é a palavra-chave. Eu? Adorei! Fui super bem recebida, andei de moto em estrada de terra, visitei fazenda e comi churrasco. Foi muito bom! Dois dias depois: Rio de Janeiro, mas como nada é fácil nessa vida, chego ao aeroporto e descubro que meu vôo foi cancelado. Não tava atrasado não, foi cancelado mesmo e o próximo só em 4 horas. O que eu vou fazer num aeroporto pequeno durante 4 horas sozinha? Internet me salvou! Ok, agora sim: Rio aqui vou eu!
Em janeiro o Rio não é quente, é filial do inferno (só no sentido do calor tá?!). Depois de 7 meses sem ir pra casa, eu tava morrendo de saudades. Pais, irmãos, avós e amigos, queria abraçar todo mundo ao mesmo tempo.
Praia já no dia seguinte, precisava lavar a alma e pelo menos olhar o mar, que estava gelado demais para merecer um mergulho. Logo depois o namorado chega ao Rio pela primeira vez e, é claro, tivemos um dia turistando pela cidade: Cristo Redentor, Pão de Açúcar e Urca.
Festa de aniversário, domingo de sol na praia com direito a mergulho no mar- finalmente e ele já foi embora. Dois dias depois eu também fui. E a vontade? A gente queria mais tempo pra curtir o verão, a vida ao ar livre, sem ar-condicionado o dia todo, com janelas que abrem, sem pele ressecada e com noites de sono normais. O Rio ganhou mais um fã, e a família aprova.
Chegar aqui e encarar um daqueles vôos bem escrotos não foi uma recepção muito motivadora, mas vamos que vamos. E o que posso dizer? Rio, nos vemos em breve! =)