quinta-feira, 26 de maio de 2011

Cotidiano

Bom dia, meu amor!
Bom dia, meu amor!
Me traga sorrisos que hoje é dia
Não quero lágrimas que inundam o travesseiro.
Vem cá, me dê um abraço
daqueles que calam, daqueles que curam.
O que tem pra comer?
Vamos lá na cozinha
A gente come junto e divide a sobremesa.
Praia ou piscina? Tá muito calor, vamos ao cinema.
Quem vai? Nós dois, não chama mais ninguém
que hoje é dia de eu e você.
Vem cá, quero namorar
Não morde meu nariz, não morde minha orelha.
Vem cá deita aqui...
pega meu livro
quero namorar.
Boa noite, meu amor!
Boa noite, meu amor!

domingo, 15 de maio de 2011

Aventuras em Bali





"Quando a gente fica em frente ao mar, a gente se sente melhor." (Nando Reis)

A frase acima é uma verdade absoluta pra nós dois, por isso arrumamos a mala e partimos rumo a Bali- Indonésia.

Sol, praia, piscina e uma semana desligados do mundo. Sem internet, telefone, celular, jornal ou qualquer coisa que pudesse interromper nossa paz.

A jornada pra chegar lá foi longa: dubai-doha-cingapura-bali, um total de 12horas entre vôos e esperas, mas chegamos! E o melhor de tudo: nossa mala e a prancha chegaram também! Ufa!

Primeira sorte: Sra Juliana, você reservou quarto standart, mas infelizmente o hotel está lotado e teremos que te dar um upgrade pra villa. Opa! Começamos bem. Um bungalow pra chamar de nosso.

Kuta Beach- a praia em frente ao nosso hotel era bem sujinha, mas bastava andar 10minutos e a praia já era bem melhor. E lá foi ele com a prancha embaixo do braço pegar onda. A noite em Kuta é a mais, digamos, bombante de Bali. Vários barzinhos, boates e restaurantes e muita, mas mmuita droga. Droga na Indonésia? Pios é. Aparentemente esse lance de epna de morte não assusta a galera que fica ao longo da rua da praia oferecendo "marijuana" e "mussroom"(jeito balinês de dizer mushroom ou cogumelos. Até viagra eles vendem! Aliás, vendedor é uma praga em Bali. Se você for atrás de sossego, isole-se em algum resort e não saia de lá! Qualquer esquina é cheia de barraquinhas e as pessoas vêm atrás dos turistas oferecendo mil e uma coisas. E ai de você que ouse parar pra olhar e não compre nada... eles vão falar até você se convencer de comprar algo (nem que seja pro indivíduo se calar).

O melhor (ou não) meio de transporte em Bali são as motos. Dá pra alugar no meio da rua, sem burocracias. Lá fomos nós pegar uma motoca e o sujeito me demora meia hora pra trazer uma que preste. Esperar meia hora no calor de Bali é algo que tira a maioria das pessoas do sério! Motoca, capacete- hora de explorar. E lá vem o primeiro abraço... fomos parados no primeiro posto de polícia, onde o policial decidiu que a habilitação de Dubai não servia de bosta nenhuma e nos levou pra dentro da cabine, fechou a porta. O que ele queria? Dinheiro, grana, bufunfa! Ele pediu 100 mil na moeda local, mas como pagamos em dólar demos um balão nele, pagmos menos e seguimos viagem. O destino era Nusa Dua, mas não demos conta de chegar lá. Chegamos a Sanur, uma praia bonitinha com vááários resorts, um do lado do outro. Chegar lá não foi moleza, porque, apesar de bem sinalizadas, as ruas de Bali são uma loucura.

No dia seguinte a aventura foi um pouco mais longe: Padang-Padang e Uluatu- duas praias conhecidas pelas altas ondas e campeonatos de surf que rolam por lá. Foi um tal de parar pra perguntar o caminho e volta pra cá, vai pra lá, sobe serra, desce serra e de repente damos de cara com essa vista:



Padang-Padang

Nos restava descobrir como chegar até essa praia. Mais umas idas e vindas e descobrimos uma escadaria que passa por uma gruta e tchã-ran! Chegamos à pequenina Padang-Padang. As ondas não estavam tão grandes neste dia e a praia estava cheia de banhistas. Bom pra mim! Essa foi a praia mais bonita que vimos em Bali e também a menor. Arrisco dizer que ela é menor que a praia Vermelha, no Rio.

Segunda parada: Uluatu. Mais escadaria, macacos correndo de um lado pro outro (eles são assustadores!) e chegamos a um lugar que me lembrou a geografia de uma favela: escadinhas que sobem e descem, casa em topos de pedras, ruelas que não se sabe onde vai dar. Chegamos ao lugar de onde se vê os surfistas, já que as ondas são beeem lá atrás. É lindo! A vista de lá é maravilhosa e só de ver a distância que eles precisam remar pra chegar nas ondas já cresce o respeito por esses surfistas. Detalhe: a distância é tão grande que a lente do fotógrafo que fica lá é mais ou menos igual ao comprimento da minha perna.

Voltamos pro hotel sujinhos, cansados, famintos e com a bunda dolorida de passar o dia inteiro na motoca. Porém, muito felizes!

Fechamos um tour para o dia seguinte: Snorkling, Turtle Island, Spa, Templo de Uluatu e jantar.

O nosso guia parecia que ter passado a noite toda acordado e o motorista arrotou umas 3 vezes dentro do carro como se fosse a coisa mais normal do mundo. E a gente só rindo no banco de trás.

Primeira parada: Nusa Dua. Uma praia só para esportes aquáticos, onde fomos faze snorkling. Na verdade, não vimos muita coisa. Uma estrela-do-mar, um cardumezinho e muitas algas. Ok, tá valendo. De lá, pegamos um barco com fundo de vidro a caminho da Turtle Island e vimos muito mais peixes pelo barco do que no snorkling. Turtle Island é mais ou menos uma miniatura do Projeto Tamar que temos no Brasil. Eu, com minha paixão por tartarugas, fiquei emocionada vendo uma tartaruga verde de 62 anos bem ali do meu lado! Mas como tudo em Bali vira negócio, o tour da ilha funnciona assim: o giua te mostra todas as tartarugas e outros animais que ali vivem e depois diz que você pode ficar ali no restaurante da ilha bebendo e comendo. Eu quis voltar pra ficar olhando as tartarugas e ele chamando pra ir pro restaurantes. "Ou vocês podem pegar o barco de volta." Tá bom né! Entendemos o recado. Voltamos para a praia e fomos fazer Para-Sailing, um pára-quedas já aberto sendo puxado por um barco. Delícia!!!'

Próxima parada: SPA. Conselho: fazer massagem é legal, mas por 2 horas começa a dar vontade de sair correndo. Mais um abraço: o carro enguiçou na saída do Spa e lá ficamos nós, esperando sei lá quanto tempo e rezando pro carro pegar. Pegou! Partiu Templo de Uluatu.

Uluatu é um templo hindu, sem imagens, cheio de árvores e macacos. Um pouco decepcionante para quem, assim como eu, foi lá esperando ver algo parecido com os templos da Tailândia. E os macacos de novo! Esses macacos que vivem lá são meios agressivos e roubam qualquer coisa que esteja na sua cabeça: óculos de sol, boné, o que for. Vimos um macaco roubar os óculos de um turista e deu um trabalhão pra fazer ele devolver. Não tente arrancar nada das mãoes de um macaco balinês. Eles têm dentes afiadíssimos!

Saindo do templo nosso exausto guia não conseguia achar o motorista. E lá vai mais uma meia hora procurando o cara. Esses dois formavam uma bela dupla dinâmica! O jantar era em um restaurante na praia, com direito a um pôr-do-sol pra ninguém botar defeito. Isso se tivéssemos achado nosso motorista a tempo. Chegamos lá depois do pôr-do-sol, mas tava valendo. Frutos do mar, milho grelhado da carrocinha que passava pela praia... até que não foi mal, mas não matou a fome de ninguém. Tivemos o segundo round de jantar no Macarroni Club, que elegemos nosso restaurante favorito em Bali.

Nos últimos dias ficamos por perto do hotel, pegando praia e eu tive a brilhante idéia de tentar aprender a surfar. Como a prancha dele é pequena, obviamente eu não consegui subir nem uma vezinha. E no último dia foi mais sensacional ainda: estávamos no mar, tentando pegar alguma onda quando a maré subiu e não conseguíamos sair. O desespero bateu e aí que lascou tudo! Tivemos que pedir ajuda pra um surfista que me mandou subir na prancha dele e me empurrou dentro de uma onda direto até a areia. Quer saber? Ele me colocou tão direitinho dentro da onda que eu até senti equilíbrio pra tentar ficar em pé. Mas achei que seria abuso...

Hora de dar tchau. E rezar pra entrar no vôo que estava lotado. Conseguimos! Bali-Cingapura-Doha-Dubai. Ufa! Chegamos em casa. Salvos, porém não tão sãos assim.

No vôo de volta conhecemos dois cariocas que dão aula de surf no Arpoador. Peguei o cartão e agora sim aprenderei a surfar de verdade (ou não).

Até hoje me pego falando dessa viagem e dá uma saudadeeee.

Tudo que é bom dura tempo suficiente para se tornar inesquecível. E essas férias ficaram na nossa memória pra sempre!