quarta-feira, 24 de junho de 2009

Dividir casa com alguém é muito difícil!!!
Imagina morar com alguém que você nunca viu na vida, que vem de outro país, com culturas e hábitos diferentes dos seus. Tem horas que não dá!
Acordar e em vez de "bom dia" ouvir um "eu te pedi pra limpar o fogão. Isso não é justo porque eu nem cozinho, daí passei meia hora esfregando o fogão até ficar limpo."
Algumas observações sobre o assunto:
1- Eu sempre limpo o fogão depois de usar, mas tinha uma parte que não saía de jeito nenhum pq tinha meio que queimado.
2- Se ela não cozinha, porque a neurose com a droga do fogão? (que pra começo de conversa nem tava tão sujo assim!)
3- Se existe alguém que usa o fogão, consequentemente, ele não vai ficar branquinho como novo para sempre.
4- Em vez de pegar e limpar pra depois vir falar, porque não ao menos perguntou se eu tntei limpar? Porque era só olhar e ver que tava tudo limpo, menos uma pequena parte.

Morar com gente porca deve ser bizarro, mas na boa, morar com uma maníaca com limpeza também não é nada fácil. Ainda mais quando ela pensa que, casa arrumada não tem que ter nada em cima dos móveis além de vela decorativa. Aaloooou! Mora gente aqui! É normal ter coisas na casa.

Desculpe. Foi só um desabafo!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Dubai x Rio

Coisas de Dubai...

Amigos de todo canto do mundo
Mais de 45º mesmo que ainda não seja verão
Não poder andar de short e camiseta sem que todos te olhem
Morar "sozinha" e não ter ninguém pra limpar a casa ou fazer comida pra mim
Liberdade
Precisar de licença pra ter bebida alcóolica em casa
Boates sem fila, sem ter que pagar entrada e com desconto nos drinks
Areia, poeira e muitas construções
Taxistas que não sabem aonde você quer ir
Brasileiros que viram família
Carne de porco no mercado?? Acho que não hein!
Achar normal mulheres usando Abaya no shopping
TV com legenda em árabe
Não ter medo de ser assaltada na rua
Encontrar shisha (narguilê) nos restaurantes
Contar seu dinheiro e perceber que você tem moedas de pelo menos 5 países diferentes
Acordar de madrugada com o alarme de incêndio disparando sem motivos
Precisar de autorização do marido pra comprar pílula
Ficar semanas sem ver os amigos que moram no mesmo prédio por causa das escalas
Usar Facebook e ter Orkut bloqueado

Coisas do Rio...

Amigos que você conhece há mais de 10 anos
Comida de mãe e de vó
Irmãos para implicar
Lapa!!!
Poder ir à praia no verão sem medo de queimaduras de 3º grau
Nunca estar sozinha
Correr risco de assalto e bala perdida
Ficar contando dinheiro pra sair, correndo o risco de não ter pro taxi
Dançar funk na night. hahaha
Festa junina
Rodízio de pizza, churrascaria e feijoada
Filmes brasileiros
Dança!!!!!!!! =)
Churras com os amigos
Trânsito insuportavél e ruas esburacadas
A vista mais linda do mundo, sem sombra de dúvida!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

"So I start the revolution from my bed..."

Quartos de hotéis são iguais?? Não, não. Mas de que adianta estar em um lugar novo e não sair pra ver o mar (ou as montanhas, o deserto...)? Aí sim tudo parece igual, sem graça, sem novidade. E eu gosto é do novo, do inesperado e monotonia não combina com o estilo de vida que escolhi pra mim. Mas, às vezes, por mais que eu queira sair andando por aí e descobrir bairros, cidades, pessoas, nem sempre é tão fácil. Pra piorar tudo ainda chove! E chove o dia todo, menos quando temos que trabalhar, é claro! E à noite os trovões me acordam e a tv nem funciona pra me distrair durante a tempestade. Então, mesmo eu que adoro estar por aí, só penso em voltar pra casa. Casa? Opa! Tudo depende do referencial... isso é um fato. O que chamo de casa uma hora, na outra pode ser outro lugar. E me sentir em casa finalmente, é realmente gratificante. Percebi que não adianta ficar fazendo mil planos, porque eles podem mudar a qualquer momento- eu já deveria ter aprendido isso há mais tempo!- e a única coisa certa que tenho agora é que não vou mais ficar vendo a vida passar com os camelos do deserto. Vou me juntar a eles e ser atriz do meu próprio ato, não mera espectadora. Se tiver companhia, melhor ainda. Se não tiver eu vou sozinha mesmo. Aliás, tô indo... Tchau hein!

terça-feira, 9 de junho de 2009

"Tudo muda o tempo todo no mundo". Sim é verdade! O que antes assustava, agora parece encantador. Medo da solidão se transforma no saber desfrutar o tempo que tenho sozinha. E tudo é assim: um dia o grande problema, amanhã já é a solução de tudo.
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Favela é tudo igual?? A primeira vista, parece que sim. E eu cruzei dois oceanos e fui parar em uma favela lá em Jakarta e o que eu fiquei pensando o tempo todo foi: como eu tenho sorte de ter vir parado aquie não nos passeios de turistas. Não por querer ser alternativa e tirar onda que fui na favela abraçar criancinhas pobres, nada disso. Mas pra agradecer a tudo que tenho, pq no mundo todo tem gente vivendo com tão pouco e a gente aqui reclamando à toa. A diferença da favela de lá é que não tinha meninos de 13 anos carregando armas de fogo!
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Redescobrindo Engenheiros do Havaí, me mostraram o acústico que eu nunca tinha dado muita atenção, eis que na faixa dois eu me identifiquei demais com a música, não podia deixar de postar aqui.

"Não vim até aqui pra desistir agora
Entendo você se você quiser ir embora
Não vai ser a primeira vez
Nas últimas 24 horas
Mas eu não vim até aqui pra desistir agora.
Minhas raízes estão no ar
Minha casa é qualquer lugar
Se depender de mim eu vou até o fim
voando sem instrumentos
Ao sabor do vento
Se depender de mim eu vou até o fim" Até o fim (Humberto Gessinger)

Essa música traduz exatamente o momento que estou vivendo aqui. E isso é mais uma prova de que tudo muda o tempo todo no mundo.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Distância

Vivo na distância, nos dois lados opostos que é estar longe.
Essa discrepância, sentimentos distintos
se opõem
se completam.
Distância que traz liberdade, saudade e aperto no coração.
Talvez essa a razão de tanta indecisão
não sabe se vai ou se fica, o que espera da vida
o que vai fazer?
Distância dá raiva, dá prazer, dá medo.
Medo de ser você mesmo, medo de não se aprovar, de se mostrar
se modificar.
E se voltar atrás for apenas uma opção?
E se deixar levar por caminhos desconhecidos que não se sabe onde vão dar
descobrir que não importa o destino
mas o que se conquista na estrada.
Distância faz se conhecer. Bem até demais!
Faz desconstruir e reinventar. Reencontrar valores e conhecer outros novos.
Faz tanta coisa ao mesmo tempo, parece que todo dia se enfrenta um furacão.
E daí um dia se acalma, vem a paz e a respiração volta ao normal.
Tudo volta ao normal, tudo não passa de opções.