domingo, 17 de abril de 2011

24 horas em NYC!



Central Park




Museum of Modern Art- MOMA


Depois de passar 2 anos viajando o mundo, a gente começa a achar tudo "normal" e, como todo mundo sabe, "normal" não encanta, não emociona, não inspira. E eu preciso de inspiração!

Às vezes me pego diante de um monumento ou uma cidade que deveria ser incrível, mas simplesmente não é. Tudo vira lugaro-comum.

Mas tudo mudou o dia que pisei em Nova York pela primeira vez.

Fazia tempo que eu queria ir pra Nova York, pois eu precisava confirmar (ou contrariar) o que se diz sobre a cidade. O primeiro pensamento que me veio à cabeça: porque eu só tenho 1 dia pra ficar nesse lugar???

Assim foi meu único dia em NYC:

Cheguei no hotel por volta das 11 da manhã, exausta depois de 14 horas de vôo, mas sem tempo pra tirar aquele cochilo. Então vamo que vamo! Primeira parada: almoço. Aonde? Restaurante brasileiro. "Como assim você vai pra NY comer em restaurante brasileiro?" É, eu não moro no Brasil e a vontade de comer uma coxinha me pegou de jeito. Coxinha, guaraná, arroz, feijão e bife. Ufa! Também não comi mais nada até o vôo da volta.

Segunda parada: Victoria's Secret! Tá aí um lugar que é parada obrigatória para toda brasileira nos EUA. Não há como contestar.

O que mais eu fiz? Andei, andei e andei. Andei pela quinta, sexta e sétima avenidas. Vi o MOMA, o Central Park, o Times Square, a Broadway. Muitas lojas, caras, baratas, famosas e desconhecidas. Ouvi Inglês, Espanhol, Português e sabe-se lá mais o que. Uma confusão de gente de todos os tipos, cores, estilos e formas. Um frio que não cabe ao mês de abril.

Para fechar minhas 24 horas em Nova York, nada mais justo que assistir um musical na Broadway. A escolha foi difícil, mas fiquei com Billy Elliot- o menino inglês filho de um trabalhador de minas na Inglaterra que acaba se apaixonando pelo ballet. Sim, o ballet tinha que estar presente. Foi lindo, emocionante e o maior sentimento era o de querer subir no palco e dançar junto. Deu saudade!

No fim do espetáculo meus olhos já estavam fechando sem minha permissão, era hora de voltar pro hotel e dormir porque na manhã seguinte tinha que voltar pra Dubai. Aaaah que vontade de perder aquele vôo.

Minha impressão disso tudo?

Eu queria morar lá! Não para sempre, mas por um tempo. Conhecer e absorver melhor toda a riqueza cultural que só etsa cidade pode me oferecer. Quero passar tardes inteiras dentro de museus e outras tantas passeando pelo parque. Quero explorar, viver e guardar dentro de mim cada imagem, cada foto poética que a câmera não capturou, cada música que passou pela minha cabeça em determinada esquina.


Ah sim, finalmente comprei um e-reader. Depois de tanta peregrinação, escolhi o Kindle da Amazon. Vamos ver se corresponde às expectativas.


E NY que me espere, pois eu ainda volto lá. Se não pra morar um tempo, para umas boas férias. =)









quarta-feira, 13 de abril de 2011

Luto!


Uma parada das viagens para comentar algo muito mais importante que qualquer acontecimento particular. O post de hoje será digitado empreto, ao contrário do costumeiro verde que eu gosto de usar aqui.

Desde o dia que vi a notícia sobre a "chacina de Realengo", o trecho de uma música não me sai da cabeça e foi a partir daí que veio a vontade de falar sobre isso no blog.

"Pessoas inocentes que não tem ada a ver, estão perdendo hoje o seu direito de viver." Tive que dar um google pra lembrar de qual música se tratava esta frase e dei de cara com o título de um funk carioca bem conhecido "Eu só quero é ser feliz".

Ser feliz, é realmente só o que queremos?

Um dia o sujeito acorda pega uma arma e entra atirando em um escola. Mata 13 crianças, fere algumas outras. E aí? Vai me dizer que ele queria somente ser feliz? Sei que nessa história entram diversos fatores psicológicos e sociais, mas o que marcou mesmo este episódio foi a carta deixada pelo sujeito.

Fanatismo nunca levou nem nunca levará ninguém a lugar nenhum. Bom, levou esse aí pro cemitério... não sou contra nenhuma religião, crença ou como quiser chamar, mas sou contra sim as interpretações distorcidas da "Palavra de Deus". Será que é isso que ele quer? Que matemos uns aos outros? Então até que ponto a fé se confunde com fanatismo e seguir a palavra de Deus não se confunde com a sua própria interpretação dela?

Não dá pra enteder o porquê, mas espero que ninguém siga o exemplo infeliz deste cidadão.

É numa hora dessas que me faz temer o mundo que meus futuros filhos encontrarão...

Hoje faz uma semana que 13 famílias choram a perda de suas crianças. E este choro não seca, não acaba, apenas aprende-se a viver com ele.

Não há o que a polícia possa fazer para evitar crimes como esse, mas, filha de psicóloga que sou, não posso deixar de pensar se não seria a hora de o governo brasileiro começar a repensar a inclusão de tratamentos psiquiátricos na saúde pública.


De luto!