sábado, 22 de agosto de 2015

Primeira Receita: docinho de Quick!

O post de hoje é novidade aqui no blog, mas quem me conhece na vida real sabe que cozinhar é algo muito importante na minha vida e eu AMO fazer doces e AMO mais ainda quando é uma receita que a minha vó me ensinou. 
Essa receita é muito especial para mim, pois foi o primeiro brigadeiro pelo qual me apaixonei na vida! Pois é, quando eu era criança não curtia muito as coisas de chocolate, tirando o Nescau que era a base da minha alimentação (mas isso é história pra outro post...). Minha vó fazia esse docinho nas festas e eu gostava tanto que no meu aniversário de 6 anos pedi pra ela fazer meu bolo de Quick de morango e não é que ela fez?! 

Mas vamos ao que interessa? A receita do docinho de Quick (ou brigadeiro gourmet de morango com coco!).

Ingredientes: 

- 1 lata ou caixinha de leite condensado (395g)
- 4 colheres (sopa) de Quick de morango (daquelas colheres bem cheias)
- Aproximadamente 50g de coco ralado 
- 1 colher (chá) de manteiga (vale margarina, tá? não vamos gourmetizar receita de vó!)

Para decorar:
- Açúcar cristal
- Cerejas em calda (daquelas que dizem por aí serem feitas de mamão ou chuchu)
- Forminhas da sua cor preferida

Modo de preparo:

Em uma panela junte todos os ingredientes e misture bem (fica uma mistura bem rosa que dá vontade de apertaaaar!). Leve ao fogo médio mexendo sempre pegando todo o fundo da panela para evitar que grude até soltar do fundo da panela. Mas aí você pergunta: como eu vou saber se já tá bom? Eu te entendo, pois a minha vida foi baseada em errar o ponto do brigadeiro. Esse eu até acho mais fácil, sei lá, talvez por causa do coco ralado que dá uma consistência diferente do brigadeiro normal. 

Olha a dica: Arraste a colher de pau ou a espátula que você estiver usando pra mexer e se a mistura não voltar para aquele espaço imediatamente, já está bom. Caso contrário, continue cozinhando e fazendo esse teste.


Não consegui filmar na hora do ponto exato, mas um minuto depois eu apaguei o fogo. (reparem que o doce não voltou imediatamente pro lugar)

Assim que chegar ao ponto, apague o fogo e transfira o doce para um prato fundo ou um refratário de vidro (refra-quem?) e deixe esfriar. Se você estiver com muita pressa, cubra com plástico filme e leve à geladeira.
Quando estiver frio é hora de enrolar!
Em um prato fundo coloque açúcar cristal. Separe as cerejas da calda e corte em pedaços menores para decorar os docinhos sem ficar muito bruto (essa parte é opcional, fica muito bom sem cereja também). Por último já deixe as forminhas abertas, já que não queremos melecar tudo com nossas mãozinhas sujas de doce!

Para quem nunca enrolou brigadeiro na vida:

Separe duas colheres de chá para te ajudar a pegar o doce do prato. Unte as mãos com manteiga ou margarina e é só pegar uma colher de chá do doce e enrolar bolinhas. Preste atenção no tamanho das suas forminhas e faça as bolinhas de acordo para não sumirem nem ficarem grandes demais. 
Passe no açúcar cristal, coloque na forminha e decore (ou não) com um pedacinho de cereja.


Nesse caso eu não usei forminhas nem cerejas. Shame on me!


Coma no trash day/ cheat day da sua dieta e seja feliz!

* Como esse docinho fica bem rosa, é ótimo para dar um contraste com os outros doces na decoração da mesa! 

Essa é a receita do jeitinho que minha vó fazia, mas se você quiser, pode inventar na decoração e usar outro tipo de confeito.
Façam a receita e postem no Instagram com a #whataboutju porque eu vou amar ver! 

Gostaram? Deixem aqui nos comentários o que vocês acharam dessa receita. 

E sejam felizes comendo esse docinho maravilhoso!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Desabafo sobre o direito de usar pijamas

Tristeza é começar a escrever um post que tá indo super bem e lá pelo terceiro parágrafo você esbarra num botão e perder tudo. Not cool!

Em uma tentativa de pôr um pouco de ordem aqui em casa (somos 5 adultos dividindo o mesmo apê!), comprei um livro sobre organização e como eu sou muito antenada e só fico sabendo das coisas depois de todo mundo, óbvio que eu nem sabia que se tratava de um best-seller.
Segundo a mocinha que escreveu o livro, ela tem um método infalível para manter sua casa arrumada para sempre. Para sempre? Como eu não acredito em plano infalíveis, pois cresci vendo o Cebolinha apanhar muito da Mônica, eu não acreditei no que aquela moça me prometia, mas resolvi dar uma chance. A ideia era pegar algumas dicas de organização que eu conseguisse aplicar na minha vida, sem me tornar uma neurótica compulsiva por arrumação em com TOC em diferentes níveis (sabemos que esse é um risco que eu não corro, pois sou bagunceira à beça!).
Estava tudo correndo bem, dentro dos conformes e eu já tava até compartilhando algumas dicas com o pessoal aqui de casa quando, lá no último parágrafo da página 63 me deparo com a seguinte pérola:
“ As mulheres devem vestir peças femininas e elegantes para dormir (...). Sim, dormir com roupas velhas é confortável, mas não é nem um pouco atraente – e isso tem um enorme impacto em sua autoimagem e, consequentemente, em sua autoestima. ”
(Marie Kondo- A mágica da arrumação – A arte japonesa de colocar ordem na sua casa e na sua vida)
Acredito que ela deve saber do que fala quando se trata de organização, mas eu tô até agora tentando entender o que a roupa que eu visto pra dormir tem a ver com minhas habilidades de manter uma casa arrumada. E, ainda pior, quem é você, moça que nunca me viu na vida, pra me dizer como eu sou sexy ou não e qual roupa eu devo vestir pra dormir?
Esse trecho do livro foi tão impactante que eu simplesmente não consegui ignorar e continuar a leitura. Não me considero nenhuma feminista radical, não sou associada a nenhum movimento, mas eu fiquei pensando em mil coisas e no quanto as palavras de uma autora de best-seller podem influenciar mentes minimamente vulneráveis.
Primeira coisa: autoimagem e autoestima são conceitos relativos. Toda mulher gosta de se sentir bonita e confiante, mas será que todas se sentem assim ao usar roupas "elegantes" pra dormir? Eu espero o ano inteiro pra usar meu pijama de flanela estampado com ovelhinhas (ooiiin) e se eu ainda não usei ele pra dormir com meu namorado foi por falta de frio.

Ursinhos Carinhosos, Flinstones, Mafalda e Ovelhinhas: Minha coleção de pijamas sexy!

Segunda coisa: ninguém tem o direito de te dizer o que é certo ou errado pra você se sentir bem. Se você é feliz usando make todo dia, ótimo! Se você é feliz de cara lavada todos os dias, ótimo também! Isso vale para tudo: salto alto, camisolas sexies, maquiagem, roupas e mil outras coisas do universo feminino que não precisam fazer parte do universo de cada mulher por aí.
Terceira coisa: aceite-se e se ame muito! Se tem um único conselho que me sinto no direito de dar é esse, porque ele vai ser muito útil durante toda a sua vida. Todo mundo tem coisas que gostaria de mudar, seja no seu corpo ou na sua vida de um forma geral e tem dias que a gente tem vontade de quebrar os espelhos por aí. Mas o que temos mesmo que quebrar são os estereótipos, as forminhas já prontas onde a gente passa a vida tentando se encaixar em alguma (ou algumas) dela (s).

Eu sendo muito feliz com meu pijama de ovelhas

Quarta coisa: já que estamos falando de tolerância, vale lembrar que a moça que  escreveu o livro é japonesa e lá existe uma coisa muito forte sobre como as mulheres devem ser femininas. Eu respeito (e adoro) muito as diferenças culturais que existem por aí nesse mundão maravilhoso, mas acho que se o livro foi traduzido e levado a vários países, inclusive ocidentais, valia a pena manter o texto só na parte de "como organizar sua casa".
Resumindo bora ser feliz, cada um do seu jeito, cada um com suas manias.