quarta-feira, 23 de março de 2011

Março- parte I


Templo budista em Osaka
A gente costuma dizer no Brasil que o ano novo só começa depois do carnaval. Será?
Se isso é fato ou crendice popular não sei. Só sei que depois do carnaval, meu ano ficou um pouco mais, digamos, novo. Sim, eu gosto mesmo é de novidade e se não fosse assim, não teria vindo parar do lado de lá do mundo.
No começo de março nós acompanhamos o terremoto seguido de tsunami no Japão. Pois é, eu estava lá! Não exatamente na região atingida,mas estava em Osaka- Japão. deixe-me explicar: agora que se aproxima a hora de dar tchau a Dubai, meu objetivo éconhecer os destinos que ainda não fui e depois de algumas horinhas no querido swap shop, consegui trocar meu vôo por Osaka e lá fui eu feliz da vida planejando conhecer os templos budistas de kyoto. Foi aí que eu me enganei... Após uma hora de atraso para pousar, finalmente chegamos em Osaka e a triste notícia do tsunami nos pegaram de surpresa. Ainda bem estávamos bem longe, mas a preocupação das meninas japonesas com suas famílias eamigos deixou todos nós com um ó na garganta e acompanhar as notícias pela CNN só aumentava a ansiedade de todos.
Passado o susto (kind of) pude conhecer um pouco, bem pouco de Osaka e até achei um templo budista pelo caminho. Desistimos da idéia de ir a Kyoto, já que não dava pra confiar nos trens, afinal, calamidade é calamidade e a ninguém sabia o que podia acontecer nas próximas 24 horas.
Paguei 100dhs por 2 minutos de ligação para o Brasil porque minha família já sabia da tragédia, mas não sabia em que parte do Japão eu estava. Confesso que, mesmo estando longe, bateu um medinho e aquela sensação de mais uma vez estar sozinha em um quarto de hotel, longe de todos os possíveis lugares que eu chamaria de "casa".
Mesmo não sendo meu país ou meu povo, doeu o coração ver tanta destruição.
Depois do Japão, dias de folga e mais uma novidade: esqui. Resolvi encarar o medo de frente e aproveitar para ir ao famoso Ski Dubai pela primeira vez. Por ser uma estação de esqui fechada, dentro de um shopping, é tudo bem organizado. Ao chegar lá eles perguntam se é primeira vez ou se você já esquiou antes. Assim como eu, você deve ter pensado: aaah, é só dizer que sabe, chega lá e se vira. Certo? Errado! Se você arricar mentir e chegar lá em cima e começar a sessão "estabaco" vem um staff e pede pra você sair e ir numa aula, pra não ficar atrapalhando. Como eu já tava com um pequeno medinho, fui direto para a Discovery Lesson, na qual eles te ensinam o básico do básico. Vamos lá: primeiro um pé só no esqui, dá uns pulinhos, escorregar pra trás e pra frente, agora o outro pé, repete tudo... até finalmente a hora que todos esperavam: descer a montanha. Quer dizer, parte dela. "Feench fries to run, pizza to stop." Seria uma forma fácil de lembrar que pra ganahr velocidade, basta deixar seus esquis paralelos como duas batatas fritas e para freiar, una as pontas dianteiras e abra as traseiras, como uma fatia de pizza.
E lá vai a Jú, descendo lindamente na neve... Concluí minha primeira aula sem nenhum tombo e confesso, sem grandes dificuldades. Agora preciso de mais duas aulas para poder ir pra pista principal e descer sozinha. Mas não posso esperar muito tempo, senão esqueço e preciso começar tuuudo de novo.
Atualizarei meu progresso aqui. Aguardem! =)
E para os brasileiros de plantão: Feliz Ano Novo!!!


Eu e Ricardinho no Ski Dubai

sábado, 5 de março de 2011

Fogo?! Só um susto!

A gente tinha chegado da academia e, enquanto eu fazia o almoço, ele se arrumava pro vôo. Tudo dentro da normalidade até aí. Só até aí! Eis que o namorado resolve me chamar pra pedir alguma coisa no exato momento em que eu (lembrem: pouco estabanada) tirava uma travessa do forno. Resultado mais óbvio: uma queimadura no meu braço. Dói, arde e em Dubai não há jeito de sair água fria da torneira. Parou por aí? Não! De repente dispara o alarme de incêndio do prédio. E continua. Continua. E continua até eu ser mandada na missão de descer 10 andares de escada pra ver do que se tratava, mas como não poderia ser diferente, esqueci o celular no apartamento e o namorado esperando notícias. Chego lá embaixo e descubro que se tratava de um teste anual, tive que assinar uma lista e ficar esperando lá com o resto dos (poucos) moradores que evacuaram o prédio. Depois de uns 5 minutos sem notícia, ele resolveu descer (dessa vez com os celulares!) e se juntar ao bolo rezando pra aquilo demorar mais uma meia hora e ele perder o vôo sem problemas.
O mais interessante dessa história toda é a falta de noção das pessoas: nós mesmos demoramos um tempão para resolver descer, imaginando que não deveria ser nada sério. Vi gente descer com cigarro aceso, garrafa de cerveja - alooou, e se fosse incêndio mesmo?? Mas palmas para a menina que desceu descalça, vestida metade de uniforme, metade roupa normal e com seu gatinho debaixo do braço. Essa sim levou a sério!
Conclusão disso: nosso almoço esfriou, o namorado não perdeu o vôo e se o fogo tivesse correndo solto pelo prédio, só a menina com seu gatinho estariam vivos.

quarta-feira, 2 de março de 2011

É carnaval

"A mesma máscara negra que esconde teu rosto, eu quero matar a saudade.
Vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é carnaval!"
Tem gente que foge pra bem longe quando chega essa época do ano. Tem gente que só porque mora longe, passa a inventar que gosta de tudo que vem do Brasil. Tem gente que sente genuínas saudades de sua terrinha amada. Seja qual foro seu caso, não há como negar: o carnaval é brasileiro e todo brasileiro é carnaval!
Eu, como boa carioca, não nego que gosto (e muito!) desair às ruas disposta a andar debaixo daquele solaço de 40 graus, feliz da vida seguindo o bloco que passa ali pertinho do mar, pra logo mais tarde me juntar a outro, e mis outro e por aí vai. Não tem cansaço, sono ou fome que impeça de continuar até o fim da semana pulando de bloco em bloco.
Meu últim0 carnaval no Rio foi o de 2008 e a única coisa que me recordo é que não parava de chover e que eu mal consegui ir a 1 único mísero bloquinho. Em 2009, meu primeiro carnaval longe de casa, lá fui eu pra Dusseldorf- Alemanha pensando em como todos os meus amigos estavam se divertindo láno Brasil e eu indo pra gelada Alemanha. Eis minha surpresa: ao chegar no centro de Dusseldorf, vejo pessoas de todas as idades com as mais criativas fantasias, tomando cerveja, cantando e dançando pelas ruas, várias tendas tocando música alemã. Opa! Peraí, se tirar o frio e colocar um solzão de rachar, tira a música alemã e põe um samba, isso é carnaval!!! E assim foi meu primeiro carnaval estrangeiro, e foi muito bom.
Esta semana, começa oficialmente ocarnaval 2011 e, graças ao Facebook, parece que os blocos de rua estão mais populares do que nunca, reunindo milhares de pessoas com um objetivo comum: diversão! Eu aqui, do lado de lá do mundo, sem nenhuma faísca de carnaval por perto...
Só me resta então acompanhar as notícias, contar quantos "mijões" foram presos e desejar profundamente que no próximo ano eu possa estar lá.