quarta-feira, 13 de abril de 2011

Luto!


Uma parada das viagens para comentar algo muito mais importante que qualquer acontecimento particular. O post de hoje será digitado empreto, ao contrário do costumeiro verde que eu gosto de usar aqui.

Desde o dia que vi a notícia sobre a "chacina de Realengo", o trecho de uma música não me sai da cabeça e foi a partir daí que veio a vontade de falar sobre isso no blog.

"Pessoas inocentes que não tem ada a ver, estão perdendo hoje o seu direito de viver." Tive que dar um google pra lembrar de qual música se tratava esta frase e dei de cara com o título de um funk carioca bem conhecido "Eu só quero é ser feliz".

Ser feliz, é realmente só o que queremos?

Um dia o sujeito acorda pega uma arma e entra atirando em um escola. Mata 13 crianças, fere algumas outras. E aí? Vai me dizer que ele queria somente ser feliz? Sei que nessa história entram diversos fatores psicológicos e sociais, mas o que marcou mesmo este episódio foi a carta deixada pelo sujeito.

Fanatismo nunca levou nem nunca levará ninguém a lugar nenhum. Bom, levou esse aí pro cemitério... não sou contra nenhuma religião, crença ou como quiser chamar, mas sou contra sim as interpretações distorcidas da "Palavra de Deus". Será que é isso que ele quer? Que matemos uns aos outros? Então até que ponto a fé se confunde com fanatismo e seguir a palavra de Deus não se confunde com a sua própria interpretação dela?

Não dá pra enteder o porquê, mas espero que ninguém siga o exemplo infeliz deste cidadão.

É numa hora dessas que me faz temer o mundo que meus futuros filhos encontrarão...

Hoje faz uma semana que 13 famílias choram a perda de suas crianças. E este choro não seca, não acaba, apenas aprende-se a viver com ele.

Não há o que a polícia possa fazer para evitar crimes como esse, mas, filha de psicóloga que sou, não posso deixar de pensar se não seria a hora de o governo brasileiro começar a repensar a inclusão de tratamentos psiquiátricos na saúde pública.


De luto!

Um comentário:

  1. Estamos todos consternados, tristes mesmo...Como sempre você escrevendo muito bem. Filha já existe tratamento psiquiátrico e psicológico na saúde pública, mas como toda rede pública, ainda muito precário, infelizmente! Bjão!

    ResponderExcluir