quarta-feira, 1 de julho de 2009

Lapa

Em cada esquina um bar
Em cada bar um amigo.
Copo de cerveja na mão
Vendedores de chiclete, tequila e cachorro-quente.
Encontros ao acaso
Desencontros marcados
muitos abraços.
Papos com desconhecidos e gargalhadas entre amigos.
Calor na rua e nos bares
Chuva no carnaval que não espanta ninguém
Pizza da tia, sinuca, manisfesta.
O lugar mais certo de arrumar algo para fazer
ou simplesmente se divertir fazendo nada.
Ficar de pé na calçada tomando cerveja
ver o Monobloco no Circo voador
ensaio do rio maracatu na fundição...
À luz do dia tudo é perigoso
à noite as luzes brilham mais
e escondem o medo dos passantes da tarde.
Ela acorda às dez da noite
dorme às seis da manhã, quando chega o sol.
Nessa vigia da madrugada, acolhe a todos
No seus grandes arcos
Não vê cor, sexo ou religião.
Ela não tem preconceitos, não julga ninguém.
Ela não pergunta, nem questiona
não quer saber da sua vida
se és puta,bêbado, artista ou mortal.
E todos os caminhos levam à ela
que não se pode dizer ser bela,
mas é aonde se quer estar.
Que saudade de suas ruas barulhentas,
do cheiro de comidas
das possibilidades.
Seu lado feio de crianças e adultos que catam lata e dormem no chão
não assusta.
Porque apenas o que se vê, no meio da noite
na iluminada escuridão
são os risos e gritos
da nossa diversão.

2 comentários:

  1. Poetisa.
    Qd vieres ao Rio, sem dúvida vamos visitar esse lugar aí!
    lapa+manifesta+pizza da tia+dança até o chão=uhul!

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